sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O Jogo

O jogo é uma competição contra você mesmo com o objetivo primário de mascarar uma intenção, mas que na verdade visa ressaltá-la indiretamente. Sim parece um paradoxo, mas não é. Está mais para um “ei, olhe pra mim enquanto eu finjo que não to nem ai pra você”.

O segundo objetivo do jogo é ser bem sucedido na conquista de um par. Vale ressaltar que o segundo objetivo, apesar de interessante, não está hierarquicamente acima do primeiro. Ambos compõem a essência do jogo, mas se você não mascara suas intenções, então você não está jogando. Em contrapartida se você mascara, mas não finaliza a conquista, então você jogou. Isso pode sim acontecer e nesse caso você deverá ser enquadrado em uma das duas categorias: “O jogador compulsivo” ou “O jogador ZZ”.

O jogador compulsivo é aquele que por mania, vicio ou costume, joga mesmo sabendo que não pode finalizar a conquista. Geralmente são jogadores comprometidos ou então solteiros frustrados por questões morais. Irmãs de amigos, amigas da ex-namorada ou amigas da mãe podem servir como exemplo de alvos deste ultimo caso.

O jogador ZZ joga por que tem que jogar, mas ele nunca – ou quase nunca – consegue finalizar a conquista. Isso se deve pelo fato de ser um péssimo jogador. Até quando não está jogando, o ZZ manda mal. A origem do termo vem de “zero a zero”, como uma referência a um placar sem resultados.

Existe também o Jogador nato, ou Jogador sagaz. Esse jogador se caracteriza por jogar tão bem, que fica difícil saber se está realmente jogando ou não. É importante lembrar que, quanto melhor você for em cumprir o primeiro objetivo, mais difícil será reconhecê-lo como um jogador. Temos aqui uma causa-conseqüência interessante: O jogador bom aparenta não jogar de fato. Esse jogador raramente é notado em um evento qualquer.

Salvo a exceção, não é difícil observar alguém jogando. Basta entrar em um ambiente descontraído, de alta diversidade sexual, para encontrarmos pessoas jogando. Bares, boates, festa, shows entre outros, são bons locais para começar. O flagrante será certo. Mas não podemos deixar de fora locais comuns como uma padaria, uma calçada, o parque da cidade ou uma academia qualquer – o sagaz costuma se dar bem em locais assim.

Além dos jogares, temos mais duas categorias por fora do jogo, mas previstos nas regras: O “sagaz puro” e o “ZZ puro”. É importante entender essas categorias, pois eles influenciam diretamente no ambiente de jogo.

O sagaz puro é aquele cara que não precisa mais jogar. Ele simplesmente pega e não pega pouco. É muito difícil uma pessoa comum, de nosso dia-a-dia, ser um sagaz puro – mas pode acontecer. Essa categoria geralmente é composta por celebridades, jogadores de futebol e famosos em geral. Nunca tente jogar na presença deles, você irá fracassar.

O ZZ puro, ao contrário da categoria anterior, é aquele cara que simplesmente desistiu ou sequer tentou começar a jogar. É caracterizado por pessoas comuns, geralmente desprovidas de libido e com certa deficiência-social. Você pode jogar na presença deles, mas tenha cautela. Os ZZ puros podem se tornar muito instáveis emocionalmente, principalmente se seu jogo objetivar algum amor platônico dos mesmos. Nesse caso, meu caro, você pode perder muito mais que uma bela noite de amor.

5 comentários:

  1. Boto fé que sou a jogadora sagaz. Ou sagaz pura. Sei lá.. Mas com certeza sagaz! hahaha

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  2. Eu já diria que sou um jogador compulsivo.. Mas ja tive meus amores platonicos tbm assim como os zz's puros.. haha

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  3. Heheheh... O “amor platônico” é apenas uma fração do universo descritivo de um ZZ puro. Fique tranqüilo que essa característica isolada não te define em nada!

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  4. Li o texto de novo, e boto fé que eu me enquadro numa nova categoria (que eu criei, claro):

    ZZ compulsivo.

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  5. hahahaha... ADORO as classificações!

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