quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tempo bom que não volta nunca mais?

O texto a seguir não é de autoria minha, mas sim de um amigo meu. Obviamente não concordo com tudo o que está escrito, tão pouco discordo completamente. Vamos divergir para então concluir.


*

Se você for olhar hoje sua coleção de CDs, vai acabar encontrando alguns bons discos e outros nada a ver e vai se perguntar “por que eu tenho isso e por que eu não ouço mais?”. Já percebeu como nossos gostos musicais vão mudando com o tempo?

Estava conversando sobre isso ontem com a amiga Juliana Boëchat (futura editora-chefe do Correio Braziliense). Ela falou que gostava muito de Red Hot Chilli Peppers quando era menor, mas hoje mal escuta. Eu lembrei que o primeiro CD de rock que eu comprei foi um do Red Hot, o Blood Sugar Sex Magik, um dos CDs mais importantes dos anos 90. Naquela época eu não fazia idéia do que eu tinha em mãos, não tinha noção musical nenhuma. Acho que comprei o CD porque tocava algumas músicas no rádio, eu era facilmente influenciado por qualquer coisa. Cheguei a vender esse CD num sebinho em 98 ou 99, pois não ouvia mais. Aí no começo desse ano, voltando de viagem, eu, Popota, Fiuzete e Dreidou colocamos esse CD pra ouvir e fomos discutindo sobre ele. Ouvi de uma forma completamente diferente, reparando em muitos detalhes, percebendo porque esses caras mandaram tão bem e conseguiram fazer com que esse CD tivesse tanta importância na história da música.

Outro CD que coloquei esses dias pra ouvir foi o Loco Live do Ramones. Foi meu primeiro contato com punk rock. Lá pra 1992 – eu acho – eu tinha uma fita que gravei com algumas músicas desse CD. Tinha só as músicas mais rápidas, porque foi o que eu tinha gostado. Não tinha nem idéia do que eu tinha deixado de fora, não entendia nada. Hoje, 17 anos mais tarde, eu o escuto de uma maneira diferente também. Nessa mesma lombra de não saber o que eu estava ouvindo e hoje eu sei também incluo Guns‘n Roses e até Nirvana. O Nevermind faz parte das MP3 que eu levo no carro. Já entrando em tempos mais recentes (coisas com no máximo uns 5 ou 6 anos), há também algumas bandas que chegamos a dizer que era a favorita e hoje não temos a mínima vontade de ouvir. Lembrei do SUM41. A galera curtia, achava irado. Agora a banda sumiu e não sei de ninguém que ainda escute isso. Eu mesmo sequer tenho MP3 perdida em algum lugar. A Ju me disse que faz tempo que não escuta a banda favorita dela e isso foi de poucos meses pra cá. Porque será que deixamos de ouvir isso, se gostávamos tanto? Tá, eu sei que em alguns casos que são bem recentes, foi só uma cansadinha, e daqui a pouco a gente volta a ouvir. Não duvido nada que daqui um tempo eu vou parar de ouvir Story of the Year, que é minha banda favorita no momento. Mas e essas que não dão vontade de ouvir mais? Tem algumas que até fazemos questão de não ter mais na coleção, tipo Simple Plan. Em 2002 ninguém sacaneava Simple Plan. Depois que apareceu NX Zero e começaram a sacanear que tudo era emo, quem iria dizer que curtiu essa banda?

Às vezes acho que hoje, com tanto acesso fácil a músicas novas, não só para ouvirmos e conhecer como também para bandas novas disponibilizarem, é tanta coisa que ficamos perdidos e até com certa preguiça de procurar algo novo. Também tem muita coisa igual, que ta na moda, e gera trocentas bandas do mesmo jeito, sem criatividade alguma. Olha o Strike, por exemplo: nego é tão cara de pau que copia tudo do Blink 182. Mesmos instrumentos, mesmos timbres...

Está cansado das músicas que estão no seu carro, iPod, etc? Porque você não dá uma chance pras músicas bem mais antigas que você tem? Vá dar uma revirada nos seus CDs, relembre um pouco. Às vezes pode ser que você não ache algo bom, mas pelo menos você vai poder relembrar algumas coisas do seu passado, mas também pode achar algo muito legal, que se você colocar pra tocar no carro junto com um brother, ele vai curtir e falar “Caraca!! Das antigas esse! Era muito doido né?”, e você vai curtir de uma maneira diferente.

E se você não achar nada, baixa uns CDs dos Beatles que resolve.

Diego Campos
Publicitário

10 comentários:

  1. Eu tenho essas palas direto! Tem algumas coisas que eu ouvia que hoje eu fico até de cara de como eu gostava daquilo.. Agora tem outras coisas que a gente ja gostava e parou de ouvir, mas quando pega pra ouvir depois de varios anos da uma curtida de outra forma mesmo.. E principalmente pra quem se envolve com musica de alguma forma, pq acaba ganhando uma certa maturidade ao longo dos anos..
    Mandou ver fi!

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  2. Scada, tu até hoje ouve as paradas de 2002... hahahah!
    Diz ae quais são os pontos que você não concorda!

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  3. Pô, na real esse texto não se propõe a afirmar nada, só levanta algumas questões e deixa tudo no ar. Então não posso dizer precisamente que não concordo, mas posso assegurar que a ultima linha do texto é unanimidade: “se você não achar nada, baixa uns CDs dos Beatles que resolve.”
    Bota fé?

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  4. É meus brotheres... o tempo é implacável! passa de forma cabulosa sem pedir licensa!!
    Derrepente neguinho já tá nessa onda de curtir o que já curtiu... isso é cabuloso, né não?
    Tem um a lombra do platão que diz que o tempo não é infinito... é finito porém ilimitado... em outras palavras... imagina um segmento de reta... ele é finito e limitado... sabe-se onde começa e onde termina... agora imagina um circuito fechado... tipo uma circunferência... não dá pra saber seu ponto inicial... que dirá o ponto final...eh mermão... lombra torta cabula!!
    Não sei se isso diz alguma coisa... esse texto da preta tb não diz muita coisa... mas me fez curtir umas lombras... uns cliches... e alguns cds!
    abraços,
    pipe

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  5. ow! e hanson? pilha? hahaha.. geeeela!
    =)

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  6. Aposto como a Gabi tem CD's do Hanson e do N'Sync, que faziam companhia pro CD do Batom na Cueca que tá comigo há quase 1 ano.

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  7. vou dar uma lombrada entao tambem, depois dos raios, circunferências, perímetros e segmentos de reta (elídio, elídio) do popota.
    bt fe q várias vezes musica eh momento. pode ter um dia que mermao, tu escuta tal musica q tu acha muito cabulosa de vibe, e no dia seguinte... tu escuta e nao passa de uns lombrado fazendo uns barulho com uns objeto. tá ligado dessa lombra, fi?
    beatles tende a ser massa sempre, e isso eu acho, no mínimo, bíntchen.

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  8. Por falar em hanson... vou tocar teclado com a banda 'the pro' no porão do rock esse sábado por volta da 11:30... chama geral pra me assistir! divulga ai gabi!

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  9. caraca, cabrito! pilho demais nessa lombra: a música acompanha o movimento do momento. nunca curti a parada de ter uma musica favorita, banda favorita. são várias.. tudo depende.
    piposa no porao! é nois queirois!
    =)

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